DE MANSINHO
Fazia frio
Roncava a fome
José e esposa passavam
Necessidades sem nome
Economizaram dinheiro
Até não mais poder
Para comprar um bercinho
Pois o neném ia nascer
E quando a fome apertava,
A barriga doía,
Eles pensavam no berço
E logo vinha a alegria
E o tempo foi caminhando
Sempre um pouquinho de dor
Mas quanto mais dificuldade
Mais se uniam no amor
Até que no dia aprazado
Veio à luz o pequenino
E ungido foi, com tal carinho,
Que pareceu um Jesus Menino
E enquanto abraçados, chorando,
O casal agradecia,
Do alto uma luz raiava
E de mansinho descia
Não havia luxo ou ornamento
A adornar aquele ninho
Mas o Amor se fez estrela
Na luz do olhar do menino
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